Papa Leão XIII - Santa Teresa D’Ávila - Papa Paulo IV - Antoine Lavoisier - Maria Gaetana Agnesi - Papa Bonifácio VIII - São Pedro - Blaise Pascal - Isaac Newton - Papa Bento XVI - Pierre de Fermat - Santo Agostinho de Hipona
A natureza dos temas que compõem “A Origem do Bem e do Mal – O Último Teorema de Fermat”, a abordagem e as discussões técnicas que nele se desenvolvem, impõem que sejam apresentadas as incisivas razões que fundamentaram e motivaram as análises técnico-científicas de seu conteúdo, assim como tornam necessário expor fatos concretos e verdadeiros que legitimam sua publicação e instruem a confecção deste sítio eletrônico. O livro inicia-se com uma necessária nota técnica que, por tal imperativo, também está aqui transcrita.
Nota Técnica
O Anel do Pescador
“Um só Rebanho e um só Pastor.”
No terceiro ano do século XIV, em abril do ano em que morreria, o Papa Bonifácio VIII instalou a escola Studium Urbis, na cidade de Roma, destinada ao ensino superior sistematizado de Teologia, Direito e Medicina, aberta para estudantes que não pertenciam ao clero Católico Apostólico. Foi concebida como uma entidade secular e suas dependências foram construídas fora dos muros do Vaticano.
Naquela época, sete séculos passados, Felipe IV, Rei da França, denotando-se contrariado por Bonifácio VIII, mandou prendê-lo. Guilherme de Nogaret, aliando-se ao mortal inimigo do papado Sciaro Colonna, comandando a escolta que viera executar as ordens do chefe da monarquia francesa entrou na cidade de Anagni, à noite, com 400 homens armados bradando: – Morra o Papa! Viva o rei da França! Nogaret, que foi aluno e professor de direito romano na Universidade de Montpellier, subjugara a guarda que protegia Sua Santidade e apenas o Cardeal Pedro da Espanha permaneceu até o fim ao lado de Bonifácio VIII. A Universidade de Montpellier foi instituída em 26 de outubro de 1289 pela bula papal “Quia Sapientia”, do Papa Nicolau IV, que a tornou um “studium generale”, ou seja, um centro de ensino de Medicina, Direito e Artes Liberais, principais disciplinas da época.
Quase quinhentos anos após a fundação da Studium de Roma, uma instituição Católica Apostólica notoriamente científica, Lavoisier, o cientista considerado o fundador da Química moderna, foi condenando à morte pela República Civil Francesa por ser Católico Apostólico. Segundo a resenha histórica, um dos prosélitos da política da guilhotina, Jean Paul Marat, que por absoluta incapacidade técnica foi impedido por Lavoisier de ingressar na Academia de Ciências de Paris, promoveu contra este um calunioso processo que resultou na sua condenação. Lavoisier teve sua cabeça decepada na guilhotina em 1794, após a Deusa Razão ter sido entronizada e adorada, violando-se e violentando-se a Verdadeira Razão, no altar mor da Catedral de Notre-Dame, no coração da França. Marat morreu antes de Lavoisier, assassinado em obscuras circunstâncias.
Antes, no entorno de 1785, o Studium Urbis recebeu considerável insumo técnico-científico. O Papa Pio VI fomentou as pesquisas em torno da arqueologia. O ensino da física foi regulamentado, a respectiva cadeira foi ocupada por Bartolomeo Gandolfi (1735-1824) que modificou a didática atualizando os avanços também dos estudos da “química francesa”, e foi implementado o “Catálogo de Máquinas para o Uso da Física Experimental da Studium”. Após a introdução, pelo Vaticano, das cadeiras de medicina forense e obstetrícia, seguindo a cintilante exortação: “homem, faz uso da tua razão”, a liberdade, igualdade e fraternidade concebidas pelo poder civil secular instruído nas luzes do ateísmo sectário, martirizaram e mataram o Papa Pio VI.
No ano de 1738, em Nápoles, iniciaram-se as escavações que revelaram as ruínas de Herculano. Pompéia iniciou-se em 1748. Pouco antes do Cardeal Braschi tornar-se Papa sob o nome de Pio VI, Johann Winckelmann, em 1755, mudou-se da Alemanha para a Itália, fingiu-se de cristão para infiltrar-se no seio da Igreja Católica Apostólica de Roma e, assim disfarçado, poder acessar o seu acervo de obras de arte e de antiguidades e outros registros.
Nas escavações em Herculano, a cidade de Hércules, soterrada pelo Vesúvio em 79 d.C., dispostos em caixas e prateleiras, reluziram mais de 1.800 livros escritos na forma de papiros enrolados, localizados em sua maioria numa edificação atualmente denominada de “Villa dei Papiri”. É a única biblioteca da antiguidade que de fato manuseamos atualmente, embora parte dos livros tenha se deteriorado pela erupção e pela ação do tempo. Os pergaminhos encontrados em 1752 estavam enegrecidos e ressecados pela alta temperatura produzida pelo vulcão e são extremamente frágeis. As sucessivas tentativas iniciais de efetuar sua leitura destruíram os exemplares manipulados.
Por suas notáveis habilidades nas artes mecânicas, gráficas e destacada aptidão no manejo de objetos históricos, o padre Antonio Piaggio (1713-1796) foi nomeado pelo Papa Bento XIV para supervisionar miniaturas e textos na Biblioteca do Vaticano. Em 1753 o Rei Carlos de Bourbon conseguiu que o Vaticano transferisse o padre Piaggio para a Corte de Nápoles, encarregando-o de desenrolar e decifrar os livros calcinados. O Rei Carlos abdicou do reino de Napóles em 1759 e no ato de entrega aos ministros das jóias da coroa, tirou do seu dedo um anel encontrado nas escavações de Pompéia, dizendo: “– Este anel também pertence ao Estado”.
Antônio Piaggio, de fato, conseguiu realizar a prodigiosa tarefa de desenrolar os valiosos pergaminhos com uma máquina de sua invenção, permitindo que os antigos escritos fossem lidos. Em 1754 foram recuperados trinta e seis tratados atribuídos ao filósofo Philodemus (110 a.C). Essas obras versam sobre ética, música, sinais (semiótica), retórica, virtudes e vícios, entre outros temas. Os textos recuperados pelo padre cientista foram objeto de interpretação por diversos filólogos, entre estes Johann Winckelmann.
Pio VI publicou em 1797 a bula Christi Ecclesiae, orientando os seus pares a respeito de como proceder à escolha de seu sucessor, diante da grave e aguda ameaça que a Santa Sé sofria. Pouco depois, a ferocidade iluminista exigiria que ele renunciasse aos seus poderes temporais. Diante de sua negativa a República Francesa conduziu-o, sob tortura, de Roma para o cárcere em Valence, França, em 1799. Dirigiu a Deus preces para o perdão de seus algozes e carcereiros. O clero constitucional francês negou ao cadáver um enterro Cristão.
“Por eles é que eu rogo. Não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. Neles sou glorificado. 11. Já não estou no mundo, mas eles estão ainda no mundo; eu, porém, vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós. 12. Enquanto eu estava com eles, eu os guardava em teu nome, que me incumbiste de fazer conhecido. Conservei os que me deste, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. 13. Mas, agora, vou para junto de ti. Dirijo-te esta oração enquanto estou no mundo para que eles tenham a plenitude da minha alegria. 14. Dei-lhes a tua palavra, mas o mundo os odeia, porque eles não são do mundo, como também eu não sou do mundo.” [1]
São João, 17 – Bíblia Católica Ave-Maria
Bonifácio VIII foi singularmente caridoso ao editar a bula Unam Sanctam na qual reafirma a missão divina da Igreja Católica Apostólica particularizando-a com a Igreja Católica Apostólica Romana, sob sua total responsabilidade com as seguintes palavras: “… nós proclamamos, nós definimos que é absolutamente necessário para salvação que toda criatura humana esteja sujeita ao Romano Pontífice”.
“Propôs-lhes também esta comparação: Pode acaso um cego guiar outro cego? Não cairão ambos na cova? 40. O discípulo não é superior ao mestre; mas todo discípulo perfeito será como o seu mestre.”
São Lucas, 6 – Bíblia Católica Ave-Maria
“Jesus lhe respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’.”
São João, 14: 6 – Bíblia Católica Ave-Maria
Ele aplicou a expressão: “nós definimos”, e nada inaugurou e nenhuma novidade prescreveu ou instalou. Bonifácio VIII explicitou o que já era explícito e conduziu a sua cruz sobre seus ombros, até seu próprio martírio. Todo aquele que publicamente se declara obrigado a obedecer a vontade de Deus e que realiza este propósito, por seu gesto sujeita todos os outros homens ao mesmo compromisso, se estes desejarem ser irmanados em Cristo. Assim foi com Noé e com Abraão, com Maria cheia de graça e mãe de Cristo.
“32. Ora, a multidão estava sentada ao redor dele; e disseram-lhe: ‘Tua mãe e teus irmãos estão aí fora e te procuram.’ 33. Ele respondeu-lhes: ‘Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?’ 34. E, correndo o olhar sobre a multidão, que estava sentada ao redor dele, disse: ‘Eis aqui minha mãe e meus irmãos. 35. Aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.’”
São Marcos, 3 – Bíblia Católica Ave-Maria
Todas as Igrejas Católicas Apostólicas pelos sucessores dos apóstolos que as inauguraram expressam com igual clareza e precisão a mesma sujeição, compromisso e obediência que Roma, explicitamente, expressou por seu Pontífice.
“Sabei, porém, isto: se o senhor soubesse a que hora viria o ladrão, vigiaria sem dúvida e não deixaria forçar a sua casa. 40. Estai, pois, preparados, porque, à hora em que não pensais, virá o Filho do Homem. 41. Disse-lhe Pedro: Senhor, propões esta parábola só a nós ou também a todos? 42. O Senhor replicou: Qual é o administrador sábio e fiel que o senhor estabelecerá sobre os seus operários para lhes dar a seu tempo a sua medida de trigo? 43. Feliz daquele servo que o senhor achar procedendo assim, quando vier!
44. Em verdade vos digo: confiar-lhe-á todos os seus bens.
45. Mas, se o tal administrador imaginar consigo: Meu senhor tardará a vir, e começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, 46. o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar e na hora em que ele não pensar, e o despedirá e o mandará ao destino dos infiéis. 47. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. 48. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensíveis será açoitado com poucos golpes. Porque, a quem muito se deu, muito se exigirá. Quanto mais se confiar a alguém, dele mais se há de exigir.”
São Lucas, 12 – Bíblia Católica Ave-Maria
É dever do Dirigente Romano dar provas diante de todos, de sua determinação em fazer a vontade de Deus conforme o ensinamento de Cristo. Apenas tal atitude pode conferir aos sucessores dos Apóstolos e de Pedro a graça e a autoridade para conduzirem a Igreja do Filho de Deus, fora da qual não há salvação. A Luz do mundo.
“5. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer (…)
(…) 13. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. 14.Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando. 15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai. 16. Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça.”
São João, 15 – Bíblia Católica Ave-Maria
“Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. 18. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. 19. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo. 20.Pelos seus frutos os conhecereis. 21.Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22.Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não pregamos nós em vosso nome, e não foi em vosso nome que expulsamos os demônios e fizemos muitos milagres? 23.E, no entanto, eu lhes direi: Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!”
São Mateus, 7 – Bíblia Católica Ave-Maria
“O mercenário, porém, foge, porque é mercenário e não se importa com as ovelhas. 14.Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, 15.como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas. 16.Tenho ainda outras ovelhas que não são deste aprisco. Preciso conduzi-las também, e ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor.”
São João, 10 – Bíblia Católica Ave-Maria
No mesmo documento, Bonifácio VIII defende coerentemente a liberdade de todos os seguidores de Cristo, estabelece o Reino de Deus acima da autoridade do poder temporal ou secular e posiciona a Igreja Católica Apostólica fora do alcance destes ou de qualquer outro poder terreno, seja ele estatal ou não. Também neste caso obedece ao seu Salvador. Se o Papa Bonifácio VIII, de forma transparente e impessoal consolidou suas atitudes na mais absoluta fé em Cristo, seu procedimento sob a ótica da razão revela sua obediência e seu senso prático presentes na prudente escolha feita diante das circunstâncias com as quais se defrontava. Corresponde a uma Igreja formada por homens livres, que se afirma universal e, portanto, não pode estar vinculada ou ao dispor de qualquer forma de governo, poder temporal ou secular. Na ocorrência dos litígios entre os estados, especialmente o estado-nação, como se comportaria a Igreja, o Vaticano? Tomaria partido a favor ou contra determinado soberano?
Bonifácio VIII disse: “O poder espiritual deve superar em dignidade e nobreza toda espécie de poder terrestre. Devemos reconhecer isso quando mais nitidamente percebemos que as coisas espirituais sobrepujam as temporais. A verdade o atesta: o poder espiritual pode estabelecer o poder terrestre e julgá-lo se este não for bom. Ora, se o poder terrestre se desvia, será julgado pelo poder espiritual. Se o poder espiritual inferior se desvia, será julgado pelo poder superior. Mas, se o poder superior se desvia, somente Deus poderá julgá-lo e não o homem. Assim testemunha o apóstolo: ‘O homem espiritual, ao contrário, julga todas as coisas e não é julgado por ninguém.’” I Coríntios, 2, 15 – Bíblia Católica Ave-Maria
De tal modo que, se a autoridade espiritual superior se desvia, não mais sujeitará os homens ao seu pessoal e espiritual testemunho; e a necessária reorientação surgirá da Misericórdia de Deus no seio da Verdadeira Igreja de Cristo.
O Papa Paulo IV, em março de 1559, publicou bula afirmando “que mesmo o Romano Pontífice, que atua na Terra como Vigário de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo e possui poder total sobre todas as nações e reinos, e a todos julga sem poder ser julgado por ninguém, se for reconhecido que se desviou da fé, pode ser repreendido e, se alguma vez acontecer que antes de sua promoção a Cardeal ou sua elevação a Romano Pontífice tivesse se desviado da Fé Católica ou tivesse caído em alguma heresia (tiver incorrido em um cisma ou o tiver suscitado), é nula, inválida e sem valor a sua promoção ou elevação, mesmo se ela tiver resultado da aprovação e do consenso unânime de todos os cardeais”.
Contada e recontada por muitos, naquela noite em Anagni, Bonifácio VIII não demonstrou quaisquer receios, estava sentado na cadeira apostólica com seus hábitos pontifícios, a Tiara na cabeça, a Cruz em uma das mãos e as Chaves de São Pedro na outra. Seus assassinos lhe disseram: – “Filho de Satanás, cede a Tiara que usurpaste!” Bonifácio respondeu: – “Aqui está meu pescoço e minha cabeça! Traído como Jesus Cristo, morrerei como ele, mas morrerei como Papa”. Nogaret, sectário albigense, impediu que matassem o Papa: – “Oh tu, raquítico Papa, considera e nota a bondade de meu Senhor, o Rei da França, o qual, tão longe como está do teu reino, por mim te guarda e te defende”. Os camponeses e burgueses armaram-se e expulsaram os franceses da cidade. Bonifácio foi esbofeteado com luvas de ferro, lançado de sua cátedra ao chão, espancado por três dias e libertado. Porém, a violência dos golpes e as indignas afrontas recebidas trouxeram, em breves e sombrias semanas, a morte para ele.
A Santa Sé aspirava a paz entre o estado inglês e o francês para, reunindo suas forças, defender os Católicos Apostólicos dos ataques e da fúria assassina do Islã. Felipe IV, o Justo, convocou um concílio ecumênico para, depois de assassiná-lo, declarar que Bonifácio VIII era ortodoxo e que ele, Felipe, nada fizera contra a Igreja de Cristo.
O Rei da França transferiu o papado para Avignon, iniciando o cativeiro estatal da Igreja Católica Apostólica Romana, subordinando-a ao monarca francês desde o assassinato de Bonifácio até o ano de 1376, período no qual sete papas residiram naquela cidade. Pilhou a ordem militar dos Templários, dos cruzados: 10.000 propriedades; 150.000 florins de ouro; inúmeros castelos; a prata e outros bens. Em 13 de outubro de 1307 os Templários foram presos em toda a França e em outros estados europeus. Foram acusados de secretas impiedades, profundas imoralidades e suspeitas transações comerciais com o oriente. A tortura extraiu deles as declarações que sempre arranca. Uma assembleia de estados gerais convocada por Felipe, o Justo, o autorizou a declarar que os Templários eram dignos de morte. Concílios espirituais foram realizados para julgá-los, sendo o de Paris presidido pelo Arcebispo de Sens, Marigny, irmão do primeiro-ministro do Rei. Em 11 de maio de 1309, cinquenta e quatro Templários foram queimados vivos. Em 1311, Clemente V aboliu a Ordem depois de Felipe, o Belo, com a cruz na mão, ter jurado ir à Terra Santa no lugar dos cavaleiros desonrados. Em 1314, Jacques Molay, grão mestre do Templo, preso havia sete anos, que preferiu morrer para proteger seus companheiros, junto com outros líderes foi queimado vivo. Em razão da humidade da cela de Molay, seus ossos caiam-lhe dos artelhos. Relatos também afirmam que o Grão Mestre Templário, sob as chamas, previu que o Papa Clemente V e Felipe IV compareceriam perante Deus, um ao cabo de 40 dias, o outro dentro de um ano. De fato, Clemente V morreu em 20 de abril de 1314.
Felipe IV, o Justo, morreu em 29 de novembro de 1314. Em 1302 ele convocou a primeira assembleia dos estados gerais da França, reunindo o Clero, a Nobreza e a Burguesia, que se pronunciou a favor do Rei contra a Santa Sé. Seus filhos que o sucederam no trono continuaram as perseguições aos Franciscanos, aos leprosos, aos Judeus e, especialmente, aos Católicos Romanos. Prosseguiram as acusações forjadas de feitiçaria, heresias e bestialidades que acenderam sangrentas fogueiras em território francês. Seus filhos reinaram brevemente, morreram prematuramente e não tiveram descendentes, determinando o fim da dinastia capetiana. A última assembleia dos estados gerais na França ocorreu em 1789, complementando as chamas rubras com o terror sanguinolento das guilhotinas republicanas.
Ao Papa Bonifácio VIII coube a distinção da instalação do Studim Urbis em 1303. Atualmente denominada La Sapienza, é a mais antiga universidade de Roma e uma das mais antigas da civilização. Tem, nesta segunda década do século XXI, cerca de 140.000 alunos.
Padre Piaggio conseguiu desenrolar um papiro com mais de três metros de comprimento. O historiador lombardo Cesare Cantù, o autor da História Universal com 35 volumes iniciais que foi expandida para um total de 52 volumes, inclui a “Máquina de Piaggio” entre as invenções decisivas para o progresso do conhecimento humano.
Johann Winckelmann foi homenageado com uma moeda comemorativa de 20 euros, em 2017, ocasião de seu tricentenário. O Instituto Arqueológico Alemão (DAI) desde 1929 concede ocasionalmente a Medalha Winckelmann por considerá-lo um fundador da arqueologia científica. Em um quarto de hotel na cidade de Trieste, por seu companheiro de viagem, em 1768 Winckelmann foi assassinado. Suas preferências afetivas o dirigiram a este desnaturado e passional desfecho.
São Jerônimo, século IV AD, seguramente um dos mais talentosos, lúcidos e práticos estudiosos que a civilização conhece, escreveu que ele estaria unido a quem estivesse em união com a Cátedra de Pedro, independentemente de quem a ocupasse. Tendo consultado o Papa Damaso sobre a substância divina: se Deus seria Uno ou Trino; Jerônimo justificou sua pergunta dizendo que competia ao Papado, ponderando e aferindo a realidade, examinando o oculto e o aparente, declarar qual era o caminho a ser seguido diante de dúvidas que não poderiam ser dirimidas diretamente pela Razão. São Jerônimo é luz Católica Apostólica.
Em 1893 o Papa Leão XIII, referindo-se a São Jerônimo, necessitou editar encíclica afirmando e demonstrando que a Ciência é fundamento das Igrejas Católicas Apostólicas, dom de Deus, substrato do Dogma, virtude pela qual a Fé em Cristo penetra o coração dos homens e atividade natural do Clero e Fiéis Romanos. Leão XIII solicitou ajuda de cientistas e estudiosos para demonstrar-se que a Fé Católica Apostólica, a Ciência e a Razão são indissociáveis e complementares.
Em 1934 Albert Einstein publicou livro no qual afirma que a interpretação histórica da realidade mostra que Igreja Católica Apostólica é inimiga da Ciência. Em especial e implicitamente, afirma que a Religião Católica Apostólica Romana seria a maior inimiga da Ciência e dentro desta, sobretudo, o Papado.
Em 2008 o Papa Bento XVI foi impedido de entrar na universidade La Sapienza de Roma, na vetusta e estimada Studium Urbis, na “Universidade do Papa”. O objetivo de sua ida à universidade era o de proferir discurso aos estudantes, no início do ano acadêmico. As palavras que o Papa usaria naquela ocasião estão adiante transcritas. Crianças e jovens em todo o mundo sofrem a mesma restrição, originada de proibições idênticas à imposta a Bento XVI, sendo impedidas, por Leis de Estado, de receber a competente e cientificamente correta Instrução Católica Apostólica, nas escolas do Ensino Regular das diversas nações.
Enlaçado aos fatos resumidamente narrados[2], seguindo a direção que eles claramente apontam e os sinais que revelam, este livro foi escrito. É uma obra com genuíno escopo científico que expõe com precisão e sobriedade a verdadeira relação entre a Ciência e a Religião Católica Apostólica. Abriga-se no Temor de Deus e naturalmente reúne em si reconhecimento e testemunho sinceros da sabedoria, da abnegação, da dignidade, da humildade, da caridade e da especial dedicação ao desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia que marcam o caráter do Papado e do Patriarcado da Igreja Católica Apostólica, nestes dois mil anos da preservação e disseminação do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e da Sua Paz.
Respeitando princípios, ao método e à técnica científica, a “Origem do Bem e do Mal – O Último Teorema de Fermat”, em seu particular alcance, pretende atender a convocação de Leão XIII, subscreve e certifica todo o conteúdo da bula Unam Sanctam que declara o alcance universal da Autoridade do Dirigente Católico Apostólico Romano e Ortodoxo, nos termos em que estão explicitados por Bonifácio VIII e por Paulo IV. Suas páginas mostram por quais razões o poder temporal, ou secular nas suas mais diversas expressões, estará sempre submetido à Autoridade do Papado e do Patriarcado Católico Apostólico, poder este derivado do Poder e da Autoridade de Jesus Cristo transferida pelo próprio Filho de Deus aos seus apóstolos e aos sucessores destes.
Os estudos e as pesquisas publicadas abordam teses estritamente materiais, realísticas, solidamente contextualizadas, positivamente caracterizadas, técnica e cientificamente legitimadas, para a todos recordar – para ecoar a sabedoria de São Jerônimo, para que se reconheça, se reitere e se reafirme – que a Autoridade do Papado Católico Apostólico Romano está também acima de qualquer Ciência, Poder ou Autoridade Científica terrena.
“1. Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, pela justiça do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo, alcançaram por partilha uma fé tão preciosa como a nossa, 2. graça e paz vos sejam dadas em abundância por um profundo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor! 3. O poder divino deu-nos tudo o que contribui para a vida e a piedade, fazendo-nos conhecer aquele que nos chamou por sua glória e sua virtude.”
II São Pedro, 1 – Bíblia Católica Ave-Maria
À memória de Maria Gaetana Agnesi.
Ao Pontificado Católico Apostólico Romano.
Ao Servo dos Servos de Deus.
À memória de Bonifácio VIII e de Paulo IV.
[1] Os textos bíblicos citados neste livro foram extraídos do sítio Católico Apostólico Romano na internet: www.bibliacatolica.com.br, sendo usada a versão eletrônica das Sagradas Escrituras denominada Bíblia Ave-Maria.
[2] Com o auxílio das publicações eletrônicas do: Archivio Storico Capitolino – Museo di Fisica di Sapienza Università di Roma – Istituto Treccani – L’Oservatore Romano – Santa Sé; e do compêndio de História Universal de Álvares e Costa.